Diversidade de Cursos e Universidades/Faculdades (03)

Do acesso restrito à universalização. Em 1960, nem todas as crianças e adolescentes conseguiam chegar à escola em Rio Preto. O censo daquele ano aponta que entre as pessoas com 5 anos ou mais, os estudantes eram 14.128. Atualmente são 90.635 estudantes nas redes públicas e privada da cidade. Há ainda os 24,6 mil universitários.

Cresceu o número de estudantes e consequentemente o de pessoas alfabetizadas. Enquanto em 1960 26,1% da população não sabia ler e escrever (considerando os dados do IBGE para a população de 5 anos ou mais), o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, de 2000, apontou que 7,3% não era alfabetizados.

Há 50 anos eram aproximadamente 20 escolas na cidade. Hoje são cerca de 300, contando as públicas e privadas. Sem escola para todo mundo, em especial para o antigo ensino ginasial, muitos ficavam longe dos bancos escolares. “O ginasial era um bem simbólico a que poucos tinham acesso”, diz o professor de Departamento de Estudos Linguísticos e Literários da Unesp de Rio Preto Roberto Gomes Camacho, 59 anos. Ele fez o primário no colégio Santo André e depois foi para a escola estadual Alberto Andaló. Para passar do primário (4ª série) para o ginásio (5ª série em diante) era preciso enfrentar um processo seletivo, já que não existiam vagas para todos.

“A criança pobre não tinha acesso. Tinha de passar por uma seleção que exigia conhecimentos que ela não tinha”, diz o professor Gentil de Faria. Ele conta que no passado, além das poucas vagas, havia alto índice de evasão. “As escolas começavam com oito salas de 1ª série. Na 4ª série eram três, quatro salas.” A distância das escolas e o trabalho infantil também eram fatores que barravam o acesso à educação. “Eu trabalhava dentro das condições legais e estudava à noite, mas outros não tinham a mesma sorte”, diz Camacho.

Nos anos 60 e 70, segundo o professor Faria, a situação era ainda mais complicada na faixa que hoje corresponde ao ensino médio. “Só 3% dos alunos chegavam ao terceiro colegial.” De acordo com Faria, a situação começou a mudar com a Constituição de 1988. “Foi um marco. A educação aparecia com direito do indivíduo e dever do Estado.” Para Camacho, apesar de vagas e escolas terem sido criadas, as instituições não se prepararam para atender as classes mais pobres, o que gerou outro tipo de exclusão. “Não houve adaptação qualitativa.

As diferenças linguísticas na forma de falar (de alguns grupos) não é privilegiada na escola, é corrigida. A escola tem de ensinar a norma culta, mas precisa respeitar a variedade das crianças.” Em 1998 Rio Preto municipalizou o ensino. A responsabilidade pela educação que antes recaía sobre o governo do Estado passou a ser do município. Dentre os argumentos para a municipalização está a possibilidade de escolher o que é melhor para a realidade escolar da cidade.

Educação infantil

Em 1960 já existiam algumas creches na cidade, dentre elas a Noemia Raduan. Na época, as instituições que atendiam as crianças pequenas eram mantidas por entidades filantrópicas, ligadas a instituições religiosas. No início não havia um trabalho pedagógico efetivo, e sim assistencial, tanto que essas creches estavam ligadas à Secretaria do Bem-Estar Social. É só em 1999 que elas passam a fazer parte da Secretaria de Educação municipal. “Hoje a educação infantil proporciona o desenvolvimento global da criança, desenvolve a linguagem, a oralidade”, diz a coordenadora pedagógica da rede municipal Cleide Colognesi de Oliveira.

Ensino superior

Até 1960, Rio Preto tinha apenas uma instituição de nível superior, a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (Fafi), atualmente Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Os cursos ofertados eram história natural, letras neolatinas, letras anglo-germânicas e pedagogia. Quem quisesse seguir outras carreiras tinha de deixar Rio Preto.

“Não tinha mordomia. As famílias tinham vários filhos. Quem ia estudar fora tinha de ficar na casa de parentes, em pensões. Não tinha casa de estudantes mantida pela universidade. Não tinha nada de apartamento decorado e bem situado como hoje. Eles faziam o curso e voltavam para Rio Preto. Se demorasse para voltar, o pai ia buscar.”

Em 1962 surge em Rio Preto a Faculdade de Ciências Econômicas (hoje Faculdades Dom Pedro 2º). Mais tarde, em 1965, é o ano da instituição que deu origem ao Centro Universitário de Rio Preto (Unirp) e em 1968 da Faculdade de Medicina de Rio Preto. A evolução nas instituições de ensino superior segue na década de 70 até os anos 2000.

Fontes:

http://www.diarioweb.com.br/novoportal/Noticias/Cidades/4391,,Da+falta+de+vagas+a+diversidade+de+faculdades.aspx

http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil

http://guiadoestudante.abril.com.br/profissoes/

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